30 de out. de 2008

R2D2

O que o fanatismo por um filme não é capaz de fazer... Confira no que se transformou o bom e velho R2D2, o robô da série Star Wars.

29 de out. de 2008

O Último Trabalho de Heath Ledger



Quando morreu, em janeiro, Heath Ledger estava filmando "The Imaginarium of Doctor Parnassus", de Terry Gilliam. Uma das primeiras fotos oficiais do filme foi publicada recentemente, por blogs especializados em cinema. Depois do Coringa (Batman - O Cavaleiro das Trevas), Ledger aparece como um pierrô. No roteiro, seu personagem viaja atraves de um espelho mágico, o que facilitou uma solução para substituir o ator - Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell assumiram o papel vivido pelo colega que morreu. Dica do FirstShowing.

19 de out. de 2008

Frase do Dia

"Minha bateria é macho. Então você é viado."

(John C. Reilly a Will Ferrell, revelando o nível rasteiro de humor em Quase Irmãos)

Para ler a coluna sobre o filme, clique aqui.

11 de out. de 2008

RocknRolla - A Grande Roubada


Um chefe da máfia russa, estabelecido há pouco tempo em Londres, negocia com um veterano do crime local uma vultuosa transação. Como mostra de confiança ele oferece por empréstimo seu quadro favorito, o qual é roubado. É o início de uma perseguição desenfreada, que envolve um ídolo do rock considerado morto, um político corrupto, uma contadora sedutora e ainda pequenos e ambiciosos ladrões.

Guy Ritchie explodiu de vez com "Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes" (1998), onde explorava uma linguagem estilizada, na trilha sonora e na edição. Funcionou, graças também ao roteiro inteligente e à ambientação do mundo do crime britânico. Aqui Ritchie tenta repetir a fórmula, mas com menos competência. Há boas sacadas, como a do lagostim assassino e do isqueiro, além de belas atuações de Tom Wilkinson e Mark Strong. Mas há também uma série de piadas homofóbicas que, analisando no filme como um todo, não tem grande importância à história. Até geram algumas boas cenas mas sempre buscando o riso fácil, pelo inusitado que o homossexualismo ainda produz em nossa sociedade e, no caso em questão, no mundo do crime.

Destaque para a cena do assalto sem armas e também para a óbvia referência ao multimilionário Roman Abramovich. A 1ª cena em que aparece, em um estádio de futebol, é uma citação explícita ao Chelsea, clube o qual Abramovich é dono. Por outro lado há o final patético, com um gancho escancarado para uma futura seqüência.

Não é um filme ruim, mas é o mesmo Guy Ritchie que você já viu. Só que pior.

Nota: 5,5

Delta


Mihail retorna à sua terra natal e decide construir uma casa sobre palafitas, com a ajuda de sua irmã. A aproximação dos dois e questões familiares farão com que enfrentem problemas junto à pequena comunidade em que vivem.

O cinema do leste europeu tem por característica a crueza de suas histórias, vide o ótimo 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias, exibido no Festival passado. Este filme, uma co-produção húngaro-alemã, segue o mesmo caminho - e com qualidade. A cena do estupro da irmã pelo padrasto é impactante, pela realidade com que é mostrada e por sua exibição através de um plano distante, que permite ao espectador acompanhar tudo o que está à volta do acontecimento. O final, mais cruel ainda, segue o mesmo estilo.

Algo que chama bastante a atenção é a praticamente inexistência de mulheres na comunidade retratada. O que até pode explicar, mas jamais justificar o ocorrido. Afinal de contas o ser humano possui inteligência também para conseguir dosar, ou controlar, seus instintos. Bom filme.

Nota: 6,5

Gomorra


Um olhar sobre a Camorra, o mais conhecido grupo mafioso da Itália, que expande sua atuação pelos mais diversos negócios ilícitos. Vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes e indicado pela Itália como seu representante ao Oscar 2009 de melhor filme estrangeiro.

Talvez o grande problema de "Gomorra" não seja o filme em si, mas sua imediata associação com a realidade brasileira. Por mais violenta e ampla que seja a atuação da Camorra ela parece pequena perto do que vemos constantemente no Brasil, em especial no Rio de Janeiro. A realidade de Tropa de Elite e Cidade de Deus, apenas para ficar nos exemplos mais famosos do nosso cinema, é muito mais dura e cruel. Com isso o filme deixa a impressão de que se trata de brutalidade para europeu ver, ou ao menos o nível de brutalidade ao qual este está acostumado. O que já é bastante grave, mas bem menor do que acompanhamos em nosso dia-a-dia.

De resto o filme apresenta a variedade dos negócios da Camorra, assim como o treinamento de adolescentes para que integrem seus quadros. Nada de realmente novo, mais uma vez. Existem várias sub-tramas que buscam mostrar este caleidoscópio, sem que quaisquer delas ganhe grande importância dentro do filme. Chega um ponto em que "Gomorra" pode terminar com qualquer uma delas, pois o objetivo da denúncia dos atos ilícitos já foi alcançado. Cansativo.

Nota: 4

CSNY: Déjà Vu


A banda Crosby, Stills, Nash & Young se reúne em 2006, para uma turnê que tem por objetivo denunciar os abusos do governo George W. Bush em relação à Guerra do Iraque.

Desde que Michael Moore decidiu atirar contra o governo Bush em Fahrenheit 11 de Setembro tem se tornado comum este tipo de documentário, que busca denunciar ou denegrir o atual presidente dos Estados Unidos. Não que ele não mereça ou que o tema não seja relevante, mas a repetição do formato começa a cansar. Aqui ainda há o acréscimo da reunião do CSNY, o que inclui diversas cenas de shows, incluindo a desde já antológica canção "Let's Impeach the President for Lyin' ".

O que se vê é um documentário convencional, que mostra bastidores da turnê e alguma comparação da atual Guerra do Iraque com a Guerra do Vietnã, também combatida pelo CSNY na época do Festival de Woodstock. Destaque para as reações de espectadores após alguns dos shows da banda, pelo apoio e rejeição recebidos. Alguns dos depoimentos chegam a surpreender não pelo que é dito, mas pela idade das pessoas que os pronunciam. É de se pensar até que ponto vai a alienação do povo norte-americano e, por outro lado, até que ponto esta idéia é vendida pelo próprio filme.

Cansativo e recomendado apenas para os fãs da banda. A quem se interessar em conferir o videoclipe da música citada, basta clicar aqui.

Frases de Destaque:

"Eles não procuram aplauso barato diante de uma platéia estrangeira."

"Quando estava no exército eu não tinha opinião e nem podia ter."

Nota: 4

10 de out. de 2008

O Visitante


Walter Vale é um professor enviado por sua universidade à apresentação de um livro o qual é co-autor, apesar de não ter participado de sua produção. Ao chegar em Nova York é surpreendido ao descobrir que em seu apartamento, o qual não visitava há meses, agora tem como hóspede um casal de imigrantes ilegais.

Nem só de boas intenções se faz um filme. "O Visitante" até é simpático, mas peca por sua visão extremamente ingênua sobre a realidade norte-americana. O choque cultural, situação óbvia ao ler sua sinopse, é explorado através da música, elo de ligação entre estes dois mundos. Aos poucos Walter torna-se visitante em sua própria casa, uma situação que ele próprio aceita devido à sua extrema solidão. Este por sinal é o enfoque mais atraente do filme: o quanto o ser humano necessita de alguma atenção, venha de onde vier.

Entretanto é difícil aceitar a rápida integração de Walter com seus inesperados hóspedes e, mais ainda, certas situações absolutamente inverossímeis nos Estados Unidos pós-11 de setembro. E eis um ponto interessante: o roteiro faz questão de situar historicamente a trama, ao ressaltar a derrubada do World Trade Center, mas esta é uma cena gratuita, sem grande relevância. Ver cartas serem mostradas aos presos sem qualquer averiguação prévia ou a facilidade de contato de dentro da prisão já seriam inviáveis numa situação normal, mas tornam-se ainda mais quando se conhece ao menos um pouco do que seja a imigração norte-americana atual. Chega a ser uma visão quase infantil, de quem pouco conhece - ou deseja mostrar - o que é o mundo à sua volta.

Para quem deseja conhecer um pouco mais sobre o assunto sugiro o telefilme Strip Search, exibido com alguma regularidade na TV a cabo.

Nota: 5

Festival do Rio - Parte 5

As notas do último dia da maratona cinéfila.

- Alexandra => 5

- O Menino do Pijama Listrado => 9,5

- Paris => 4

- Velha Juventude => 3

- Queime Depois de Ler => 9

9 de out. de 2008

Festival do Rio - Parte 4

Segue a penúltima leva de notas do Festival. As críticas estarão disponíveis nos próximos dias.

- Katyn => 6

- Ninho Vazio => 6,5

- Il Divo => 7,5

- A Boa Vida => 3

- Waltz with Bashir => 6,5

- Rebobine, Por Favor => 9,5

- Aquiles e a Tartaruga => 6,5

- Todos os Meus Fracassos Sexuais => 5

- O Casamento de Raquel => 8

- Guerra Sem Cortes => 8

- Amorosa Soledad => 8,5

- Doidão => 5,5

- Todo Mundo Tem Problemas Sexuais => 7,5

5 de out. de 2008

Festival do Rio - Parte 3

Mais algumas notas, dos filmes vistos nos últimos dias:

- Um Bom Homem => 7,5

- Adoração => 6

- Choke => 7

- Glória ao Cineasta => 8,5

- Os Mosconautas => 7

- Crítico => 7,5

- Homem Andando na Neve => 3

- Intimidades entre Shakespeare e Victor Hugo => 4

- Segurando as Pontas => 6,5

- Ciúme à Italiana => 10

- O Poderoso Chefão => 10

- Pão, Amor e Fantasia => 6,5

3 de out. de 2008

Festival do Rio - Parte 2

Enquanto as críticas não vêm, seguem novas notas aos filmes vistos nos últimos dias:

- Sinédoque, Nova York => 7,5

- Procedimento Operacional Padrão => 7

- Valentino - O Último Imperador => 5

- Cordeiro de Deus => 4

- La Masseria delle Allodole => 3,5

- O Dia-a-dia do Pornô => 1

- O Bom, o Mau e o Bizarro => 9

- A Duquesa => 6

- Leonera => 8

- Titãs - A Vida Até Parece uma Festa => 7,5

- A Raiva => 3

- Vicky Cristina Barcelona => 9

- O Pai de Giovanna => 5

- Happy-Go-Lucky => 8,5

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